LOMANTO JUNIOR - LÍDER DE JEQUIÉ
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LOMANTO JUNIOR: Antônio Lomanto Júnior (Jequié, 29 de novembro de 1924 - Salvador, 23 de novembro de 2015) foi um político brasileiro, governador da Bahia de 1963 a 1967[1]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Filho do italiano Antonio Lomanto, mais conhecido como Tote Lomanto, e de Dona Almerinda Miranda Lomanto, formou-se em Odontologia em 1946, sendo o orador da turma. Sua verdadeira vocação sempre foi a política, que exerceu no meio acadêmico.
Voltando para a terra natal, por pouco tempo exerce a profissão, logo ingressando na política, primeiro comovereador.
Aliado ao governador Otávio Mangabeira, elege-se prefeito, servindo-se do cargo para atrair a atenção de políticos de expressão nacional - o que o colocou na proa do cenário estadual. Iniciou, para isto, uma campanha municipalista, pregando a reforma da Constituição - tendo presidido a "Associação Brasileira dos Municípios".
Esta administração alavancou sua estatura política, de forma a eleger-se deputado estadual e novamente prefeito, até fazè-lo pleitear a candidatura ao Governo, em 1962.
Em Jequié tem sua base eleitoral, fazendo do filho Leur Lomanto e do neto Leur Lomanto Júnior herdeiros desse legado.
Após o regime militar, sua carreira desviou-se da oposição liberal, fazendo parte do grupo de lideranças que apoiaram a ditadura. Na ARENA, passou a ser mais uma das lideranças sob o comando de Antônio Carlos Magalhães, depois com a redemocratização integrando os quadros do PFL. Perdendo expressão estadual, volta na década de 1990 a ocupar o cargo de prefeito em sua cidade, não mais exercendo cargos públicos.
Governo da Bahia[editar | editar código-fonte]
Tomando posse a 7 de abril de 1963, Lomanto encontrou sérias dificuldades para efetuar alguma realização. A crise econômica do governo Jango refletia nos estados mais pobres, e Lomanto reúne os demais Governadores. Desta reunião resulta um documento que só foi entregue após a queda da democracia ante o Golpe de 1964.
A mudança do regime, e a subsequente adesão de Lomanto à ditadura que se instalava, proporcionou ao seu governo a concretização na Bahia de algumas obras de destaque, tais como a estrada federal conhecida por "Rio-Bahia" (ainda em 1963), a estrada Feira de Santana-Juazeiro, o Teatro Castro Alves e ampliação da usina hidrelétrica de Paulo Afonso.
Cargos públicos (cronologia)[editar | editar código-fonte]
- Vereador - Jequié - 1947 a 1950
- Prefeito - Jequié - 1951 a 1955
- Deputado estadual - Bahia - 1955 a 1959
- Prefeito - Jequié - 1959 a 1963
- Governador - Bahia - 1963 a 1967
- Deputado federal - 1971 a 1975
- Deputado federal - 1975 a 1978
- Senador - 1979 a 1987
- Prefeito - Jequié - 1993 a 1996
- JEQUIÉ - BAHIA - "CIDADE SOL"
- Igreja de Santo Antonio - Jequié-BA
ACERVO DO "TABERNA DA HISTÓRIA DO SERTÃO BAIANO"
No centro, de mãos cruzadas, Lomanto Júnior. À direita de Lomanto, o prefeito Ademar Vieira. Atrás de Lomanto, de óculos e bigodinho, o então promotor Manoel Pereira. O de óculos e bigode, lá atrás, é Urbano Cem Conto, e à direita, o Governador Régis Pacheco
Antônio Lomanto Júnior nasceu no dia 29 de novembro de 1924 em Jequié (BA), filho de Antônio Lomanto (mais conhecido como Tote Lomanto) e Dona Almerinda Miranda Lomanto. Formou-se em Odontologia pela Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia, UFBA em 1946. Mas sua verdadeira vocação sempre foi a política, que, inclusive, a exerceu no meio acadêmico. Voltando para a terra natal, por pouco tempo exerce a profissão, logo ingressando na política, primeiro como vereador, eleito pelo Partido Libertador (PL) em 1946.
Casamento de Lomanto Júnior com Dona Detinha
Aliado ao Governador Otávio Mangabeira, elege-se prefeito pelo PL em 1950, servindo-se do cargo para atrair a atenção de políticos de expressão nacional – o que o colocou na proa do cenário estadual. Iniciou, para isto, uma campanha municipalista, pregando a reforma da Constituição – tendo presidido a “Associação Brasileira dos Municípios
Visita do vice-presidente da República Café Filho a residência do então prefeito Lomanto Júnior
Newton Pinto Araújo, nas eleições municipais de 1950, apoiou a candidatura do odontologista Antônio Lomanto Júnior, seu líder na Câmara de Vereadores. Lomanto venceu o candidato oposicionista Aníbal Brito. A gestão de Lomanto foi marcante. As obras mais importantes foram: a construção do Mercado Municipal da Praça da Bandeira; a encampação do serviço de água e a conclusão, em regime de convênio com o Estado, do primeiro pavilhão do Ginásio Público, hoje Instituto de Educação Régis Pacheco. Quando das demarches que antecederam a implantação do IERP, lideranças locais advogavam a compra, pelo Governo do Estado, do Sobrado dos Grillo para sede do futuro educandário. Anísio Teixeira, então Secretário Estadual de Educação, vetou a proposta, pois queria mais espaço, a fim de atender, no futuro, à construção de novos pavilhões. Confiado na palavra de Anísio, o então prefeito Newton Pinto comprou a Newton Costa Brito, pela importância de 60 contos de réis, o terreno necessário, doando-o ao Estado. Naquele temp0, o perímetro urbano da cidade terminava, praticamente, no final da Rua 15 de Novembro. Como era de esperar, as restrições e os protestos choveram de toda parte. Interpelado por Mangabeira, o governador, Anísio, segundo relato do velho Nestor Duarte, que assistiu ao diálogo, foi pragmático: “Eu iniciei, não faz muito tempo, no chamado Campo do América, que também fica longe do miolo da cidade, a construção do Centro de Saúde (na época, o secretário de Educação era também secretário de Saúde), e não houve celeuma. Esses vereadores pensam no hoje, eu penso no amanhã. Jequié é uma cidade em expansão. Mais cedo do que se espera, o perímetro urbano ultrapassará o local onde será edificado o ginásio, e um novo bairro irá surgir naquelas imediações. O ginásio ficará, então, perto do centro e com área disponível à construção, no futuro, de novos pavilhões”. Embora só conhecendo Jequié de passagem, o vaticínio de Anísio se concretizou plenamente.
Lançamento da pedra fundamental do IERP, com as presenças do então governador Régis Pacheco, do educador Anísio Teixeira, de Tote Lomanto e do prefeito Lomanto Júnior
Visitaram a cidade na sua gestão (1951-1955) o vice-presidente da República, João Café Filho, o jornalista proprietário dos “Diários Associados” Assis Chateaubriand e o governador de São Paulo Ademar de Barros. Chateaubriand para criar a “Ordem do Vaqueiro”, agraciando vultos nacionais, inclusive o presidente Getúlio Vargas, que recebeu a comenda no município de Cipó, quando da reinauguração do hotel balneário. Tudo registrado na revista “O Cruzeiro”, de Assis. Nas eleições presidenciais de 1954 os três candidatos realizaram comícios em Jequié, Juscelino Kubitscheck, do PSD, Juarez Távora, da UDN, e Ademar de Barros, do PSP. Sua gestão foi marcada ainda pelo apoio irrestrito do governador Régis Pacheco e do ministro da Educação, Ernesto Simões Filho.
Visita do recém eleito governador da Bahia, Lomanto Júnior, ao presidente dos Estados Unidos da América, John F. Kennedy, no dia 2 de julho de 1963 na White House (Casa Branca)
Esta administração alavancou sua estatura política, de forma a eleger-se deputado estadual em 1954 e novamente prefeito em 1958 até fazê-lo pleitear a candidatura ao Governo, em 1962. Em Jequié sempre teve sua base eleitoral, fazendo do filho (Leur Lomanto) e do neto (Leur Lomanto Júnior) herdeiros desse legado.
- Comício de Lomanto. Da esquerda para a direita: Zenildo Tourinho, Clóvis Barreto, Lomanto Júnior, Emerson Pinto, Tote Lomanto e Antônio Barreto, irmão de Clóvis. Lá atrás, Pedro Cardoso
- Após o Regime Militar sua carreira desviou-se da oposição liberal, fazendo parte do grupo de lideranças que apoiaram a ditadura. Na ARENA passou a ser mais uma das lideranças sob o comando de Antônio Carlos Magalhães, elegendo-se deputado federal em 1970 pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA), reeleito, pelo mesmo partido, em 1974 e eleito senador em 1978. Depois, com a redemocratização, integrando os quadros do PFL. Perdendo expressão estadual, volta na década de 90, a ocupar o cargo de prefeito em sua cidade, não mais exercendo cargos públicos
EDITORIAL: Aos 22 anos Lomanto foi eleito Vereador de Jequié; aos 26 Prefeito de Jequié; aos 30 Deputado Estadual; aos 34 re-eleito Prefeito de Jequié; aos 38 Governador da Bahia, sendo o mais jovem político a exercer este cargo; aos 46 Deputado federal; aos 50 re-eleito Deputado federal; aos 54 Senador da república. e aos 68 anos, elege-se pela terceira vez, Prefeito de Jequié, encerrando sua gloriosa carreira política. Lomanto era formado em odontologia, o popular dentista da época. Um homem religioso. era católico e devoto de Santo Antonio, padroeiro de Jequié. Os baianos devem sempre lembrar da figura deste nobre brasileiro, um cidadão impoluto e de ideais democráticos. Em Jequié, foi um baluarte para que o governador Regis Pacheco, construísse o IERP - Instituto de Educação Regis Pacheco, Avenida Lomanto Junior, Mercado municipal, as pontes sobre o Rio das Contas, dando acesso às cidades de Itagi e Itagibá. Ponte Ilhéus-Pontal, Estádio Lomanto Junior em Vitória da Conquista e em Salvador - O Centro Industrial de Aratu, Avenida Contorno, Hospital Santo Antonio, com a doação do terreno, Teatro Castro Alves, estrada federal conhecida como a Rio-Bahia, estrada Feira de Santana a Juazeiro, ampliação da hidrelétrica de Paulo Afonso e e incontáveis obras que estão registradas no acervo histórico da Bahia. A família Sampaio transmite à família LOMANTO, votos de pesar pelo passamento do nosso querido e saudoso Lomanto Junior e o blog do Painho, presta uma homenagem com a música que consolidou a vitória deste nobre jequieense ao governo da Bahia. "Lomanto esperança do povo, é gente nova é sangue novo. Lomanto é renovação, veio de lá do sertão. Municipalista, filho de agricultor, é amigo do pobre, irmão do trabalhador" - Bis. Não esqueçamos de outro fenômeno publicitário - "Cravo na LAPELA, feijão na PANELA"
Salvador-Bahia-Brasil; Terça-feira, 24.11.2015 - 19h05m - Alberto Sampaio - blog do Painho
Perfeito, Alberto, parabéns pela homenagem.
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