quinta-feira, 9 de agosto de 2012

AS MELHORES CANTORAS DO BRASIL - MARÍLIA BATISTA

MARÍLIA BATISTA - Marília Monteiro de Barros Batista (Rio de Janeiro, 13 de abril de 1918  9 de julhode 1990) foi uma cantora, compositora e instrumentista brasileira.
Foto histórica pertencente ao acervo do cantor Almirante, nos estúdios da rádio Mayrink Veiga: Mário Moraes,Cyro de Souza, Henrique Batista [irmão de Marília, também compositor], Marília Batista, Fernando Pereira,Renato Batista [irmão de Marília, também compositor] e Noel Rosa.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Marília Batista
Informação geral
Nome completoMarília Monteiro de Barros Batista
ApelidoPrincesinha do Samba
Nascimento13 de abril de 1918
OrigemRio de Janeiro
PaísBrasil Brasil
Data de morte9 de julho de 1990
GênerosSamba
InstrumentosViolão
Piano
Período em atividade1932-1988
Gravadora(s)Victor
Odeon
Musidisc
Rádio
Carnaval
Nilser
AfiliaçõesAs Três Marias
Uma das mais importantes intérpretes da obra de Noel Rosa, que gravou com ela em dupla seis de suas composições: De BabadoCem Mil RéisProveiQuantos Beijos,Você Vai Se Quiser e Quem Ri Melhor. Em 1940, após a morte do compositor, lançou o seu Silêncio de Um Minuto, um clássico. Dona de timbre grave característico, ela mesma compositora de recursos, dedicou-se a divulgar preferencialmente a obra deNoel Rosa. De sua própria autoria é, por exemplo, o samba Menina Fricote, imortalizado em disco por Araci de Almeida:
Não sei que doença deu na Risoleta>
Que agora só gosta de ouvir opereta
Está cheia de prosa, cheia de orgulho, cheia de chiquê
E faz fricote como o quê.
Não canta mais samba
Só quer imitar Lucienne Boyer:
Parlez-moi d´amour...
Só quer l´argentl´argent toujours.
(Menina Fricote, de Marília e Henrique Batista, trecho)

[editar]Filmografia

 
MARÍLIA BATISTA- ÚLTIMO DESEJO

Compositor: Noel Rosa
MARÍLIA BATISTA E NOEL ROSA
"QUANTOS BEIJOS"

Compositor: Noel Rosa
MARILIA BATISTA - "TIPO ZERO"

Compositor: Noel Rosa - 1934
MARÍLIA BATISTA - "QUEM RÍ MELHOR"

Compositor: Noel Rosa
MARÍLIA BATISTA - "FEITIO DE ORAÇÃO"
Ligações externas
    É com grande felicidade que trazemos aos amigos esta jóia da discografia brasileira. Trata-se do disco número um da pioneira gravadora Rádio, editado em 1952, com a cantora Marília Batista interpretando sambas de Noel Rosa em arranjos luxuosos do mestre Aldo Taranto“Poeta da Vila” é considerado o primeiro long-playing em 33 rpms gravado e produzido no Brasil, ainda no formato inicial em 10 polegadas. Registros apontam que as gravadoras Sinter e Musidisc já haviam se aventurado no formado em 1951. Segundo o pesquisador Egeu Laus, o Brasil foi o quarto país do mundo a colocar no mercado discos em formato long-playing rodando em 33 rotações, depois dos Estados Unidos, Inglaterra e França, em 1951, com uma coletânea de Carnaval no selo Sinter. Tendo sido lançado em 1952, “Poeta da Vila” é comprovadamente um dos primeiros.
    A cantora Marília Batista [*13.04.1918 - +09.07.1990] incentivada pela mãe, pianista e pelo pai, médico, desde cedo desenvolveu sua aptidão para música. Empunhando violão [fato incomum para as meninas na época], aos oito anos já compunha e sonhava em ser solista. Aos doze fez seu primeiro recital, apresentando composições suas entre sambas e canções regionais. Aos quinze anos - em 1932 - gravou seu primeiro disco em 78 rpms com duas parcerias feitas com o irmão Henrique Batista. No ano seguinte, já está acompanhada por Noel Rosa, como destaque no famoso Programa do Casé, na Rádio Philips, o mais ouvido na época. A cada programa, novos sambas do também famoso poeta da vila eram apresentados.
    -
    Marília Batista e Noel Rosa se conheceram em 1931, ela tinha quatorze anos, quando ele a viu se apresentar em uma festa, a sintonia foi imediata. Ao lado de Aracy de AlmeidaMarília Batista foi a mais importante intérprete das composições de Noel Rosa. Boa moça, Marília tricotava nos intervalos da programação, enquanto Aracy acompanhava os rapazes em intermináveis noitadas pelos bares cariocas. Dona de voz e personalidade igualmente fortes, Marília também possuía humor refinado, como seu amigo Noel. No Programa do Casé ela criou o seu próprio prefixo: “Fala o Programa do Casé... / Veja se adivinha quem é... /Faço a pergunta por troça / Pois todo mundo já conhece / A garota da voz grossa...”. Além dos programas de rádio, Noel Marília também dividiram os microfones em diversas gravações históricas, lançadas em 78 rpms pela Odeon, em algumas acompanhados pelo regional doBenedito Lacerda.

    “garota da voz grossa” não pegou, Marília Batista ficou conhecida mesmo pelo apelido delicado de:“Princesinha do Samba”. Com a inauguração da Rádio Nacional ela passa a integrar o cast como parte do conjunto vocal As Três Marias, que além de estrelas do elenco, também acompanhavam outros artistas.As Três Marias também gravam alguns discos e aparecem no filme “É Proibido Sonhar” de Moacir Fenelon, lançado em 1943.

    No início de Maio de 1937, uma notícia nos jornais abala o Rio de Janeiro: Noel Rosa morre aos 27 anos de idade, vítima de sucessivas enfermidades, agravadas pelo estilo de vida boêmio. Marília Batista ainda mantém a carreira com sucesso por mais alguns anos, mas ao casar-se em 1945, se ausenta dos palcos e microfones.
    Até 1952, quando é convidada pela gravadora Rádio para estrelar o primeiro LP produzido no Brasil. Uma homenagem a Noel Rosa, com arranjos do maestro Aldo Taranto. Oito sambas, sendo três, instrumentais. O resultado é uma obra-prima. Dos primeiros compassos de “Feitio de Oração” [parceria de Noel com o pianista Vadico], até a última frase de “Dama do Cabaré”Marília Batista e Aldo Taranto registram versões perfeitas, senão definitivas, em arranjos que ao mesmo tempo evocam e transcendem as gravações originais feitas na década de trinta. As belas “Quando o Samba Acabar”,“Pra Esquecer” e “Dama do Cabaré” são os maiores exemplos. Não há como não destacar a partitura orquestral nas faixas. Nem mesmo o arranjo ousado do pequeno conjunto em “Pela Primeira Vez”[parceria com Cristovão de Alencar], onde Taranto coloca sopros dialogando com uma guitarra elétrica de maneira magistral. “Quem Ri Melhor” sobrepõe o conjunto e a orquestra, com grande beleza nos desenhos melódicos dos violinos - enquanto o samba come solto, com percussão marcada, pandeiros e a participação vocal das Três Marias. Já “Com Que Roupa?” comparece instrumental com solo de guitarra - músico infelizmente não creditado [seria o grande Laurindo Almeida?] - e um solo assombroso de piano do mestre Taranto em pessoa.
    Foram lançadas diferentes edições deste disco, a que usamos para digitalizar possui o vinil perolado nos tons preto, vermelho e branco. Existe também uma edição com o vinil predominante branco, mas perolado em vermelho e preto, outra com o vinil acinzentado, além do vinil normal, inteiramente preto. Se alguém conhecer edições em outras cores deste disco, entre em contato!
    Destacar a importância de Noel Rosa é chover no molhado. Faço questão porém, de mostrar aqui um bilhete encontrado na primeira página do álbum de recortes mantido pela mãe do compositor, apenas como ilustração de seu incrível senso de humor:
    Imagem pertencente ao acervo de João Máximo e Carlos Didier, autores da caprichada e obrigatória “Noel Rosa, Uma Biografia” editado pela Linha Gráfica em 1990.
    ~~
    01 Feitio de Oração [Noel Rosa, Vadico]
    02 Até Amanhã [Noel Rosa] samba
    03 Quando o Samba Acabou [Noel Rosa]
    04 Pra Esquecer [Noel Rosa]
    05 Com Que Roupa [Noel Rosa]
    06 Quem Ri Melhor [Noel Rosa]
    07 Pela Primeira Vez [Noel Rosa, Cristóvão de Alencar]
    08 Dama do Cabaré [Noel Rosa]
    arranjos do maestro Aldo Taranto

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